sexta-feira, 16 de julho de 2010

Timidez e socialização


A timidez pode ser definida como um comportamento de desconforto e inibição em situações de interação social ou exposição. Pode ser acompanhado de algumas alterações fisiológicas, como aceleração da respiração e dos batimentos cardíacos, tremor, rubor e ou sudorese excessiva.
Geralmente as pessoas não exprimem (ou exprimem pouco) seus pensamentos e sentimentos, e não interagem ativamente em casa, na escola ou no trabalho, porque têm dificuldade de eleger temas e discorrer sobre o mesmo, assim como mudar o assunto se necessário para estabelecer um diálogo.
A timidez caracteriza-se pela ansiedade e insegurança demonstrada em algumas situações através da obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros, principalmente se o contato for realizado com alguém desconhecido ou em grupo. A timidez aflora muitas vezes, mas não exclusivamente, em situações de confronto com “figuras” que representam autoridade (pais, professores e chefes).
A timidez pode funcionar como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar situações novas através de uma atitude cautelosa e buscar a resposta adequada para a situação. Vale ressaltar que quando em grau moderado, todos os seres humanos são, em algum momento de suas vidas, afetados pela timidez, que funciona como uma espécie de regulador social, inibidor dos excessos condenados pela sociedade.
A timidez pode ocorrer desde a infância e em alguns casos interferir nas etapas formativas do indivíduo, primordialmente, no processo de socialização.
O contato inicial ocorre em casa com seus familiares, principalmente com os pais que contribuem com o aprendizado de uma série de habilidades motoras, afetivas e lingüísticas, necessárias para uma orientação em seu ambiente físico e social.
A escola também assume um papel importante na socialização e formação, local onde os acontecimentos têm muito eco na criança ou no adolescente, e o mesmo se aplica ao ambiente profissional.
A ausência desse convívio familiar, escolar e ou profissional pode pesar no desenvolvimento e interferir na autoconfiança ao lidar com os outros.
Uma das questões importantes que podem interferir na formação do “eu” de crianças e adolescentes é a educação extremamente rigorosa, que os impossibilita de manifestar seus pensamentos e emoções.
Assim como ressentimento, insegurança, ameaça, rejeição, humilhação e posição de desigualdade em relação aos outros podem influenciar no desenvolvimento.
É preciso ficar claro que a timidez não é uma doença e pode estar relacionada ao próprio perfil da pessoa, de ser mais reservada e introspectiva. O fato importante para observação é notar se o comportamento gera ansiedade elevada e desconforto, neste caso é necessário procurar ajuda de um profissional, que poderá indica a ludoterapia ou psicoterapia. O objetivo é melhorar o processo da timidez, buscando aumentar a qualidade de vida, agregar conceitos de que é capaz e encorajar o cliente com estratégias de enfrentamento eficazes para lidar com sua ansiedade. O processo terapêutico possibilita avaliar as novas situações que serão vivenciadas como fatores que trarão dificuldades e não de impossibilidades, tais como: participar de atividades em grupo, praticar esportes coletivos, falar em público, fazer uma pergunta em sala de aula, abordar alguém para namoro ou relação íntima, escrever o que pensa, falar com alguém em posição de autoridade, para divertir-se em grupo, entre outros.
Um profissional também pode ser procurado para evitar que a timidez aumente com o passar do tempo. Uma pessoa tímida pode se envergonhar muito da própria timidez e com isso se tornar mais arredia ao contato ou dependendo das proporções deste comportamento desenvolver uma Fobia Social.

Talita Cristina da Silva Oliveira
talita@clinicaequillybryo.com.br
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Surdocegueira e a comunicação


Feche os olhos, tape os ouvidos e imagine toda a sua vida assim!
Quem lê este artigo, talvez não saiba que existem pessoas que não têm a mesma possibilidade de enxergar, que convivem diariamente com a ausência de cores e luzes; ainda temos pessoas que além de não ver, também não conseguem ouvir, identificar os sons; esses fatores podem isolá-las do convívio social.
É nomeado surdocegueira a incapacidade total ou parcial da audição e da visão, que pode ser classificada em diversos graus, ou seja, a pessoa surdocega pode ver ou ouvir em pequenos níveis, dependendo do caso, não há necessariamente uma perda total dos dois sentidos.
Embora a surdocegueira possua duas deficiências associadas (a surdez e a cegueira) não se trata da somatória de ambas, é uma deficiência única que apresenta características peculiares, levando quem a possui, ter formas específicas de comunicação.
Acredita-se que cerca de 80 a 90% das informações são recebidas pelo ser humano visualmente ou auditivamente, assim sendo, a privação destes dois canais sensoriais provoca imensas dificuldades no acesso à informação e no desenvolvimento do ser humano, devido à falta de comunicação e de interação social. Também podemos refletir sobre os obstáculos e prejuízos causados no processo educacional, profissional e recreativo.
A comunicação é uma das principais barreiras encontradas pela pessoa que é surdocega, por este motivo o ensino de métodos de comunicação eficazes deverá ser priorizado, vale destacar que o tato desempenha um papel crucial na comunicação, constitui a via promissora no estabelecimento das interações com o ambiente.
Através de várias técnicas especiais o indivíduo surdocego pode restaurar ou adquirir a comunicação, tanto expressiva como receptiva.
Pode ser desenvolvido um trabalho com objetivo de habilitar ou reabilitar as pessoas surdocegas, para isto é necessário respeitar as diferenças individuais (espécie, grau e estágio da perda auditiva e visual). Este processo varia de acordo com a origem da deficiência (congênita ou adquirida) e está centrada principalmente na busca de meios alternativos de comunicação, possíveis para viabilizar sua evolução, autonomia e inclusão social.
As pessoas com essa deficiência precisam de apoio para compreender o que se passa ao seu redor, pois a comunicação ocorre de forma diferenciada, as possibilidades mais utilizadas atualmente são: movimentos corporais, expressão facial, desenhos, símbolos, objetos de uso cotidiano, alfabeto manual tátil (desenho de cada letra na palma da mão), língua de sinais tátil (conversação por sinais através do toque das mãos), tadoma (compreensão das palavras pela percepção da vibração da voz através de toque próximo dos lábios ou das cordas vocais) e sistema braille.
Podemos prever os impedimentos gerados na convivência com as diversidades advindas da deficiência quando não se tem apoio e ou respaldo adequado, para isso se faz necessário capacitar profissionais de diferentes áreas, principalmente: pedagogos, psicólogos, médicos e intérpretes, estes poderão facilitar a integração da pessoa surdocega com a sociedade e principalmente com seus familiares, que também necessitam de apoio, orientação e esclarecimento, tendo em vista que parte do sucesso de qualquer trabalho de reabilitação deve-se à participação efetiva da família.
Para serem eficazes os processos de inclusão social se faz necessário difundir os conhecimentos sobre a deficiência e estabelecer intervenções nas quais os objetivos estejam de acordo com as reais necessidades.
Algumas instituições têm propiciado oportunidades para reverter o processo de exclusão social, são responsáveis pela divulgação de novos métodos e técnicas educacionais; assim como a realização de conferências, simpósios, seminários, palestras, cursos e encontros de pessoas com surdocegueira, possibilitando o conhecimento da deficiência e dos avanços na tecnologia assistiva para uma vida mais independente, podendo assim reforçar as potencialidades do indivíduo.


Talita Cristina da Silva Oliveira
talita@clinicaequillybryo.com.br
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Psicóloga - CRP: 06/95345

Pais com filhos Síndrome de Down


Há muita expectativa em relação ao nascimento de um bebê, os pais estão cheios de sonhos, já imaginando qual será o nome do filho, a cor do seu quarto, o uniforme do time, as aulas de ballet e até mesmo a escolha da profissão. Ao nascer uma criança com Síndrome de Down é natural que os pais fiquem chocados, devido a pouca informação, podem supor que cometeram algum erro e por isso se sentem culpados. Sentimentos de insegurança e incerteza, bem como dúvidas sobre como tratar a criança e o que o futuro lhes reserva podem surgir.
À medida que a situação se torna mais clara, os sentimentos de medo, vergonha e ou rejeição, que são naturais nesse momento, poderão ser superados.
Os pais passarão por um período de adaptação e quando são orientados por profissionais da área da saúde, irão perceber que sua família poderá ter uma vida “normal” como as outras.
A Síndrome de Down ocorre em todas as raças, em qualquer classe social, e em todos os países. Diferente do que muitas pessoas pensam, ela não é uma doença, mas sim um erro genético, sendo desenvolvidos 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente. O material genético em excesso altera o desenvolvimento regular da criança. Este cromossomo extra se encontra localizado no par de cromossomos 21, daí o outro nome pelo qual também é conhecida: Trissomia do 21. Para confirmar o diagnóstico de Síndrome de Down é necessário fazer um exame genético chamado cariótipo.
A criança com esta síndrome deve ser encaminhada, o mais precocemente possível, para serviços especializados que orientem os pais sobre o prognóstico e a conduta terapêutica. A qualidade de vida dessas pessoas depende, principalmente, dos cuidados da família.
O desenvolvimento da criança com Síndrome de Down ocorre em um ritmo mais lento que o das demais crianças. Embora haja atraso no desenvolvimento motor e intelectual, isto não impede que a criança aprenda suas tarefas diárias e participe da vida social e da família. Para um desenvolvimento saudável é importante fortalecer a autodeterminação desde criança, ajudá-la na busca de independência e autodirecionamento.
Com estimulação poderá desenvolver-se na escola, nas artes, na cultura, na religião, nos esportes, no lazer, no mercado de trabalho, enfim, em todas as áreas. A convivência em sociedade contribuirá com o desenvolvimento emocional.
Com o auxílio de profissionais especializados tornará mais acessível o desenvolvimento desta criança e o manejo da família. Nos atendimentos psicológicos é reforçado aos pais que a criança deve ser educada e disciplinada como qualquer outro filho. Os pais devem ensinar-lhe os limites, não permitindo que ela faça tudo o que quiser. Os genitores também devem procurar não super protegê-la, permitindo que execute suas atividades e tenha liberdade.
É fundamental na convivência com pessoas com deficiência olhar com respeito às diferenças e acreditar em seus potenciais. É necessário considerar as limitações, que não podem ser negadas, e principalmente observar suas habilidades e favorecer ao máximo a autonomia destas pessoas.
Sugere-se olhar para as pessoas com Síndrome de Down, como pessoas que têm uma identidade, que são ativas na sociedade e que são livres para tomar decisões, como qualquer outra pessoa.

Talita Cristina da Silva Oliveira
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Orientação Vocacional


O momento de escolha profissional é muito conflituoso para os adolescentes, devido ao fato de estarem também em um processo de construção da própria identidade.
A adolescência é um período de transição, adaptação e ajustamento. Outro fator relevante é que existem diferenças entre as pessoas, e devido a isto, a Orientação Vocacional (OV) se torna importante e necessária, pois trabalha em torno do sujeito, contribuindo para que escolha uma profissão relacionada com suas habilidades e subjetividade.
Geralmente o jovem procura Orientação Vocacional porque está preocupado com seu futuro. O método utilizado visa promover e auxiliá-lo na escolha da sua carreira profissional, através da tomada de consciência e da autonomia.
A Orientação Vocacional proporciona ao indivíduo a obtenção do maior número de dados sobre as profissões de interesse, raciocínio e planejamento de como será possível conquistar a carreira almejada, aponta que surgirão obstáculos na escolha e promove embasamento para o adolescente estar preparado para enfrentá-los.
Este trabalho pode ser feito individual ou em grupo e tem por objetivo: auxiliar na escolha profissional mais assertiva, discutir valores pessoais e sociais, a importância da carreira e sua necessidade.
Valoriza a visão que o estudante tem sobre si, quais pontos são considerados importantes, se sabe lidar com aspectos negativos; avalia-se a criatividade, a postura e a comunicação.
Analisa-se também as expectativas de cada estudante quanto ao seu futuro e enfatiza-se que a construção do futuro depende das vivências e escolhas do presente.
Pode-se também ser realizado um trabalho sobre a influência dos familiares na escolha profissional e as habilidades necessárias para exercer a profissão escolhida.
Fazer escolhas não é empreitada fácil, é um processo difícil que requer um direcionamento que tenha significado porque, a partir de uma escolha, se está abrindo mão de outras oportunidades, que talvez em outro momento podem também ser escolhidas, mas para toda escolha há inevitavelmente a perda de outra oportunidade, e para tudo isso é necessário uma elaboração.
Portanto, pode-se falar que toda escolha ativa um conflito interno que pode ter grande intensidade a ponto de gerar tensões e stress, e muitas vezes, se fica tão mobilizados por estes conflitos, que o caminho que se deve seguir se torna ainda mais difícil de ser decidido.
Então é necessário compreender estas dificuldades que estão gerando conflito e que podem bloquear as decisões. Refletindo sobre o que significa esta escolha profissional, chega-se ao ponto chave que são as crenças e valores que nos trazem indecisões, tendo como foco buscar o autoconhecimento para proporcionar uma escolha consciente e acima de tudo responsável.

Talita Cristina da Silva Oliveira
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A um passo do emprego desejado


Para conquistarmos o emprego desejado precisamos seguir alguns passos importantes. O primeiro passo, é refletir e definir quais áreas profissionais são compatíveis com o seu perfil técnico, hierárquico e com suas características comportamentais. Essa reflexão contribuirá para que, o segundo passo, a elaboração do seu currículo seja executada com sucesso.
Diante de um mercado tão competitivo é fundamental apresentarmos um currículo diferenciado, que desperte curiosidade e interesse no selecionador em convidá-lo para participar do processo seletivo. Portanto, um currículo atrativo deve ser confeccionado com clareza, objetividade, sem erros de ortografia e com boa formatação para aumentar o interesse de ser lido.
Para fazer um currículo interessante é necessário descrever a síntese de seu histórico profissional e informações importantes (que serão citadas abaixo) em duas páginas no máximo, para não se tornar cansativa a leitura do seu material. Um currículo será avaliado de acordo com a organização, ou seja, da forma que foi montado. Para organizá-lo primeiramente descreva os dados pessoais (nome, idade, estado civil, endereço, bairro, cep, cidade), à seguir seus contatos – (telefones e e-mail) - evite os comerciais, pois em algumas circunstâncias poderá gerar situações desconfortáveis. O próximo item é o objetivo profissional (área ou cargo que almeja), na sequência sua escolaridade; informe apenas o último ano cursado ou o atual, caso esteja em andamento, neste campo vale descrever ano de formação e instituição. Caso seja graduado destaque o número de seu registro profissional, se estiver ativo no conselho regional de sua categoria. É válido citar outros idiomas somente se for intermediário ou avançado.
O próximo campo é a experiência profissional, neste item é relevante informar as experiências mais importantes, mesmo que sem vínculo empregatício, inicie pelo último ou atual estabelecimento em que trabalha; cite o nome, segmento e porte da empresa, data de admissão e desligamento, cargo e as principais atividades desenvolvidas. Posteriormente, organize os cursos, seminários, congressos e palestras, iniciando pelo mais recente, adicione o ano e a entidade realizadora; assim como também pode ser inseridos o domínio em ferramentas, testes, softwares específicos de sua área, trabalhos voluntários e viagens internacionais à negócios.
Se optar por expor foto, seja criterioso na escolha para não transmitir uma imagem inadequada.
Caso o profissional que esteja em busca da vaga de emprego seja uma pessoa com deficiência poderá destacar no currículo o número de seu CID (Código Internacional de Doenças) ou descrever sua deficiência e encaminhar o laudo médico em anexo, desta forma adiantam-se informações fundamentais, podendo acelerar a chance de ser convidado para entrevista ou dinâmica de grupo.
A próxima etapa é distribuir o maior número de currículos, podendo ser feito pessoalmente ou eletronicamente. É importante utilizar diversos recursos, como sites de emprego, jornais, indicação de amigos, buscas pela internet, agências de emprego, consultorias em RH, etc. O envio de candidaturas espontâneas revela iniciativa, interesse e informação, características que são muito apreciadas na maioria das instituições.
Ao ser convocado para uma entrevista você possivelmente já estará passando por uma triagem e sendo avaliado pelo contato telefônico ou através do e-mail, portanto fique atento para não utilizar gírias, abreviaturas, transmitir desmotivação, irritabilidade, sonolência, etc.
No contato pessoal provavelmente serão observados sua pontualidade, vestimenta, postura corporal e expressões faciais.
Poderão ser utilizadas dinâmicas de grupo, vivências, testes de conhecimentos gerais, específicos (técnicos), verbais, numéricos e ou psicológicos como instrumento de apoio durante a seleção.
Por mais positivos que sejam seus resultados nos testes, isso não assegura sua contratação, pois a avaliação é global. Tente agir com naturalidade e assertividade em suas falas e ações.
Independente da entrevista ser individual ou coletiva é importante controlar a ansiedade e transmitir com segurança suas habilidades e qualificações profissionais. Terá a oportunidade de revelar aspectos que não constam no currículo, podendo evidenciar seus pontos positivos, permitindo que o entrevistador tenha acesso a uma imagem favorável e produtiva do possível colaborador que poderá satisfazer as necessidades da empresa.
A maioria das Organizações apreciam profissionais comunicativos, com energia, criatividade, equilíbrio emocional, ritmo, auto confiança, dinamismo, foco em resultados, iniciativa, flexibilidade, assertividade, estrategistas, atenciosos, motivados, solidários e participativos; fique atento apenas para não ser invasivo, exponha suas idéias e escute as opiniões divergentes das suas, caso tenha argumentos persuasivos apresente-os com cautela e respeito para que prevaleça a opção mais favorável ao grupo.
O seu discurso e comportamento poderão ser decisivos na escolha em dar continuidade ou em ser eliminado dessa fase. Lembre-se de manter um comportamento adequado inclusive nos intervalos ou na recepção, também poderá ser avaliado nessas situações.
Após participar de todas as etapas do processo seletivo é preciso aguardar o feedback da empresa, este talvez seja o momento de maior ansiedade e expectativa. Portanto, enquanto candidato você até pode ligar para ter um posicionamento, mas deve se lembrar que as ligações e e-mails não devem ser constantes para não se tornar inoportuno.
Acredite! Você está a um passo do emprego desejado, mantenha-se otimista.
Boa sorte, nesse novo ciclo e conquista!

Talita Cristina da Silva Oliveira
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Autoconhecimento como ponte para o amor próprio


Parece incrível, mas o amor próprio tem um impacto em todas as áreas da nossa vida, ele permeia todas as nossas decisões desde o tipo de roupa que usamos até o marido ou mulher que escolhemos.
Está presente em nossos relacionamentos e nas atitudes que tomamos pela vida afora. Sendo assim, é indispensável que cuidemos do amor que nutrimos por nós mesmos.
Nossa maior dificuldade resulta do processo de buscar “fora” o que só podemos encontrar “dentro”, ou seja, ficamos viciados em encontrar referência no externo, e nos sentirmos bem ou mal conosco a partir da opinião dos outros.
Tentamos desesperadamente seguir as exigências sociais e os padrões estéticos. Na maioria das vezes não nos encaixamos nesse “molde” e nem paramos para pensar se ele nos serve, se queremos nos adequar a esses parâmetros, simplesmente nos sentimos “menos” por não sermos socialmente “perfeitos”, o que significa ser magro, bonito, educado, inteligente, bem sucedido, possuir bens materiais, vestir-se bem, estar sempre bem informado, manter o equilíbrio independente da situação, e assim por diante.
Isso acontece porque nossa auto-imagem começa a ser construída na infância, onde precisamos ser amados e aceitos pelos adultos que nos cercam para sobrevivermos, pois necessitamos de cuidados quando crianças, então os adultos nos dizem o que somos e nós acreditamos.
Ouvimos, você é feio ou você é bonito, você é inteligente ou burro e tudo isso fica registrado em nosso inconsciente e vai determinando a imagem que construímos de nós mesmos.
Porém, hoje quando adultos, não precisamos mais de outros adultos para sobrevivermos e nem para dizerem o que somos. Precisamos nos livrar gradativamente desse “vício” para modificar nossa auto-imagem.

Nossa auto-imagem forma a lente através da qual olhamos o mundo, ou seja, se nos achamos feios, quando ouvimos um elogio podemos achar que o autor do elogio é falso ou que está sendo irônico.
Nosso desempenho será sempre coerente com o que cremos que podemos. Dificilmente conseguimos ser melhores se nos acreditamos ou percebemos “piores”. A crença em nossa capacidade de fazer melhor é que determinará o nosso desempenho efetivo.
Qualquer tentativa para fazermos alguém melhorar apenas terá sucesso quando esse alguém mudar a percepção sobre si mesmo e compreender sua auto-imagem.
Por fim, se quisermos melhores resultados na vida devemos conhecer melhor as nossas verdadeiras qualidades e explorá-las, bem como entender quais são as falhas com as quais temos que lidar e trabalhar para poder melhorar esses aspectos.
Poderemos também através do autoconhecimento nos livrar consideravelmente da “prisão” que se forma quando dependemos da opinião dos outros.
O autoconhecimento nos liberta através de um compromisso com a verdade, que nos mostra quem realmente somos. Abre um caminho para a auto-aceitação e para o amor próprio. E é o amor próprio que nos conduz à possibilidade de amar aos outros e à verdadeira felicidade.


Adriana Lopes Fernandez
(11) 9138-9324 / 2771-8729
Psicóloga - CRP 06/38098-9
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terça-feira, 22 de junho de 2010

Empregabilidade e Mercado de Trabalho de Pessoas com Deficiência

Por mais que a sociedade esteja lutando para que a pessoa com deficiência seja inserida e desfrute com igualdade dos mesmos direitos que as pessoas sem deficiência, ainda percebemos em pleno século XXI, na era da tecnologia e da inclusão social, que a maioria das pessoas ainda apresenta desinformação ou preconceito, procedente, em grande parte, das gerações passadas.

Durante nosso desenvolvimento, há aquisição de uma enorme carga de preconceito. Quando acontece a conscientização deste fato, tenta-se mudar, há um esforço em modificar o pensar e o agir, mas aqui ou acolá, observa-se um deslize, uma falha, revelando-se o que está intrínseco, escondido no mais oculto do aprendizado cultural.

Há algum tempo, quem atua junto ao segmento da pessoa com deficiência, busca sua inserção profissional e inclusão social, porém ainda ocorrem divergências entre a teoria e a prática. É preciso humanizar e sensibilizar a sociedade para o acolhimento das pessoas com deficiência, para serem vistos como seres humanos, com limitações, mas, assim como qualquer indivíduo, com potencialidades e dificuldades. Com isto, podemos evitar situações conflitantes e práticas discriminatórias.

Na área de trabalho, vale ressaltar a importância de mediadores de emprego que agem como facilitadores na construção de vínculos entre o profissional com deficiência e seus colegas de trabalho, auxiliando na compreensão sobre as diferenças e na convivência mútua. Servem de ponto de apoio na sensibilização dos colaboradores e gestores sem deficiência para não segregá-los, identificando suas habilidades e valorizando seu potencial. Desta forma, a contratação deixa de ser um mero cumprimento da Lei de Cotas.

A acessibilidade arquitetônica, por sua vez, exige uma atenção especial, afim de que as tarefas sejam executadas, avaliando-se o posto de trabalho e visando o desenvolvimento humano, como de qualquer outro profissional.

A sociedade carece de protagonistas que queiram enfrentar juntos o desafio de aumentar o número de pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho e que estejam dispostos a executar mudanças fundamentais na Organização, implementar adaptações no ambiente, adaptar procedimentos e instrumentos de trabalho para garantir pleno acesso e ampla qualidade de vida.

Havendo a humanização no dia-a-dia, as próximas gerações estarão mais preparadas para lidar com as diferenças.

Talita Cristina da Silva Oliveira

talita@clinicaequillybryo.com.br
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Vigorexia

A Vigorexia ou Síndrome de Adônis caracteriza-se pela exagerada preocupação com a forma física. Pessoas acometidas desta síndrome, apresentam uma auto-imagem distorcida, mesmo fortes fisicamente, ao se vizualizarem em espelhos, por exemplo, se sentem fracos, de maneira similar aos acometidos de anorexia, que ao se verem, sempre consideram-se acima do peso.

As duas doenças promovem a distorção da imagem que os pacientes têm sobre si mesmos: os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, os vigoréxicos nunca se acham suficientemente musculosos. A vigorexia ocorre quando o volume e a intensidade dos exercícios físicos praticados excedem a sua capacidade de recuperação. São pessoas com exacerbada preocupação em ficarem fortes a qualquer custo, apesar dos portadores desse transtorno serem bastante musculosos, passam horas na academia malhando e ainda assim se consideram magros e até esqueléticos. Uma das observações psicológicas desses pacientes é que têm vergonha do próprio corpo, recorrendo assim aos exercícios excessivos e as “fórmulas mágicas” para acelerar o fortalecimento, somado à descontrolada ingestão de suplementos alimentares, estereóides e anabolizantes.

Tais indivíduos, além de perseguirem o volume muscular por todos os fins e com intensidade, passam também, correspondentemente, a apresentarem comportamento depressivo quando perdem volume muscular por algum motivo (uma infecção ou um acidente limitante do exercício ou alimentação, por exemplo), ou quando por algum fator não conseguem realizar o treino, chegam a sentirem-se culpados, mesmo que os empecilhos estejam relacionados a condições climáticas, físicas limitadoras ou mesmo inadequações circunstanciais do dia-a-dia.

Outros sintomas podem serem gerados em função do abuso de atividades físicas e alimentação desregular, tais como: lesões musculares, doenças cardíacas, renais e hepáticas, retenção de líquidos, insônia, maior susceptibilidade a infecções, fraqueza, fadiga e dores musculares persistentes, ritmo cardíaco elevado mesmo em estado de repouso, perda de apetite, desinteresse sexual e depressão, entre outros. A situação pode se agravar com o uso de anabolizantes para o aumento da massa corpórea, pois estes podem provocar problemas cardiovasculares, câncer de prostata e diminuição dos testículos. Além de tais prejuízos orgânicos, os vigoréxicos também podem apresentar sinais emocionais como sentimento de inferioridade, desmotivação, irritabilidade, etc.

Geralmente, a Síndrome de Adônis acomete predominantemente indivíduos do sexo masculino, entre 18 e 35 anos, mas em muitos casos os problemas que levam à obsessão pelo desenvolvimento dos músculos começam na puberdade, devido às crises de auto-estima e aceitação, por isso é fundamental orientar o jovem sobre a prática saudável de uma série de atividades, entre elas o esporte. Com o exercício físico, o jovem aprende a diferença entre procurar boa imagem de si mesmo, o que é satisfatório, e não a se prender a um determinado modelo sociocultural, que pode levar à frustração e se transformar em uma patologia.

O desejável ao ser humano moderno é estar moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão. Não é saudável se submeter aos padrões impostos pelas revistas e pelas propagandas publicitárias, mas sim, estar satisfeito consigo mesmo, valorizar-se e aceitar-se como é.

Assim será evitada a escravização aos padrões de beleza física e a busca da “perfeição” que a sociedade tanto divulga, fatores estes que têm possibilidade de se converterem em autênticas doenças emocionais, acompanhadas de severa ansiedade, depressão, fobias e comportamentos compulsivos. É preciso estar atento para diagnosticar a vigorexia e ter cuidado para não categorizar as pessoas pelo simples fato da prática de exercícios e ou vaidade, pois as atividades orientadas por um profissional gabaritado, com indicação médica, terapêutica, recreativos e ou de condicionamento continuam sendo recomendados para manter a saúde e melhorar a qualidade de vida.

Para ser diagnosticada a síndrome é preciso considerar a existência de sofrimento significativo, decorrente da obsessão e insatisfação com o corpo, impedindo uma vida “normal”. Muitas vezes abandonam suas atividades e se isolam em academias dia e noite, se pesam várias vezes por dia e realizam contínuas comparações com outros companheiros de academia.

Ao identificar um vigoréxico, o psicólogo pode aplicar medidas que fazem com que o indivíduo se conscientize que a preocupação com o corpo é bem vinda, mas a demasia é prejudicial.

O tratamento psicológico obterá melhor resultado se houver acompanhamento e orientação médica e nutricional, para proporcionar uma balanceada alimentação e desintoxicação de produtos nocivos, como anabolizantes e esteróides. É recomendado que a atividade física não seja eliminada, mas é preciso reduzir gradativamente o tempo e intensidade dos exercícios. Resgatar a auto-estima é fundamental para a pessoa com esta síndrome. Trata-se de recuperar a imagem, modificar o comportamento e sentimentos para adquirir uma nova percepção de si mesmo.

Talita Cristina da Silva Oliveira
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Anorexia Alcoólica

Antes de ser abordado pela nova novela “Viver a Vida”, a anorexia alcoólica era uma doença pouco conhecida no Brasil.

A anorexia alcoólica, conhecida por drunkorexia ou alcoorexia, também é chamada de ebriorexia e designa a junção de sintomas mistos de duas patologias graves: a anorexia e o alcoolismo.
Geralmente quem sofre de ambas as doenças são mulheres com idade aproximada entre vinte e quarenta anos.

É característica da drunkorexia a substituição de alimentos pela ingestão da bebida alcoólica. Geralmente as pessoas têm o hábito de realizar esta troca porque o álcool reduz o apetite, tendo como objetivo o emagrecimento e ou sentir o prazer que o álcool proporciona, além de transmitir uma imagem de independência perante o grupo.

As conseqüências por sua vez são destrutivas, pois a anorexia é um distúrbio alimentar que causa desnutrição em pessoas que têm problemas de aceitação da própria imagem, enquanto o alcoolismo diminui a vitalidade das pessoas, impedindo que o organismo absorva vitaminas.

A combinação álcool e anorexia pode ser fatal, já que seus efeitos são extremamente nocivos ao organismo. Doses elevadas de bebidas aliadas a não ingestão de alimentos pode levar, em pouco tempo, a um quadro de intoxicação grave e até provocar coma alcoólico.

Outra possível conseqüência é gerar sintomas da depressão, desânimo e baixa autoestima. Com a freqüente ingestão de bebida isto tende a piorar, considerando que o álcool diminui a serotonina do organismo, hormônio que previne a depressão.

Esta patologia tão recente pode ser fruto da ditadura da moda, que tem como exigência o padrão de uma “sociedade magra”, principalmente entre o gênero feminino que relaciona beleza aos poucos quilos distribuídos no corpo. Para se adequar a este modelo de beleza, as mulheres doentes estão restringindo a absorção das calorias necessárias que o organismo precisa, com o intuito de obter ou manter o “corpo ideal”. Assim como a personagem Renata interpretada pela atriz Bárbara Paz, na novela da Rede Globo, muitas vezes não percebe a gravidade ou até mesmo apresenta resistência diante do fato, preferindo acreditar que o álcool age como um anestésico as emoções negativas, reduzindo o estresse, afim de simplesmente “esquecer” determinados fatos.

Apesar de estas doenças serem devastadoras ao ser humano, a alcoorexia, assim como qualquer outro transtorno alimentar pode ter cura, conforme a aderência e comprometimento do paciente ao tratamento.

É indicado que seja tratada com psicoterapia e medicamentos por uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionista, psicólogo, psiquiatra e endocrinologista. Grupos de auto-ajuda como Alcoólicos Anônimos, também poderão ser úteis na recuperação de pacientes com este quadro. Alguns casos poderão necessitar de internação conforme o grau de dependência do álcool e seqüelas apresentadas.

O número de dependentes de álcool e pessoas com transtorno alimentar está aumentando significativamente. É importante que a família fique atenta ao comportamento e aos sintomas para incentivar e convencer o possível paciente de que ele precisa de ajuda, além de não deixar de buscar auxílio de profissionais previamente.

Talita Cristina da Silva Oliveira
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segunda-feira, 15 de março de 2010

O Impacto do diagnóstico de câncer para o Adolescente


A palavra Adolescência vem do latim, que significa crescer para a vida. Entretanto crescer para vida não é passar pela fase primária e secundária do ensino, mas, uma forma de delimitar o período que existe entre a infância e a vida adulta. O adolescente está se integrando no mundo adulto, ele está em busca de sua identidade adulta.

Pensando em adolescência, fase em que geralmente imaginamos um indivíduo em perfeitas condições de saúde, receber o diagnóstico de uma doença grave certamente é uma das mais dolorosas experiências que pode ser vivida. Especificamente o diagnóstico de câncer, torna-se mais pesado lembrando que em nossa sociedade ele muitas vezes ainda é considerado um suposto atestado de óbito. O processo de perda se inicia a partir da confirmação da doença, pois há uma associação direta com a idéia de morte. Para quem está a procura de um futuro, onde o que importa é a felicidade, receber este diagnóstico, é se deparar com um futuro vazio, e um presente estacionado, é sentir-se sozinho e confuso.

A confirmação de um diagnóstico tão cruel pode levar o jovem a caminhos como a surpresa atônita, ou o permanecer mudo por um longo período. Sendo possível também prejudicar o desenvolvimento de uma auto-imagem adequada, porque ocorre uma preocupação normal na adolescência que se refere às mudanças corporais. Devido ao tratamento sua imagem corporal pode ser afetada fisicamente, tornando-o menos atraente. Os relacionamentos sofrem mudanças, sendo natural surgir uma insegurança em relação à auto-imagem. A identidade pessoal também é afetada, porque, se perde o sentido de continuação histórica, uma vez que a perspectiva de futuro acaba sendo um fator de estresse, estando sua própria mortalidade ligada à sobrevivência do seu futuro.

É indiscutível o prejuízo causado pelas expectativas negativas, visto que as crenças preconcebidas existentes na sociedade e no campo médico, em relação ao câncer, causam malefícios diretos ao paciente. Na adolescência é indispensável o contato com os amigos, porém este contato sofre grandes modificações, por conta de um paradoxo entre o desejo do contato e o afastamento inevitável.

Portanto, se faz necessário um apoio familiar, dos amigos próximos quando isso é consentido pelo adolescente e sem dúvida um apoio psicológico. Para que dessa forma eles possam lutar pela cura quando a mesma ainda é possível, ou possam dar valor a sua qualidade de vida, mesmo quando as chances de cura são mínimas.

Quanto ao apoio psicológico, é de extrema importância tanto aos pacientes quanto aos familiares. Ajuda-os a lidar com os efeitos colaterais do tratamento e seus impactos do dia-a-dia. Tais preocupações trazem à tona a questão da qualidade de vida dos pacientes oncológicos, o interesse por seu bem-estar físico, psicológico e social. Faz-se então necessária a utilização de diferentes procedimentos de intervenção de natureza psicossocial.

Daniela Aparecida Chagas
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sexta-feira, 12 de março de 2010

O Cuidador e a Doença de Alzheimer


Quando os familiares recebem o diagnóstico do Alzheimer ocorre um impacto emocional e poucas destas famílias estão preparadas para a responsabilidade e a sobrecarga que é cuidar de um idoso com Doença de Alzheimer (DA). Na maioria das vezes, os cuidadores também necessitam de ajuda. É preciso adquirir conhecimento sobre as especificidades da doença e receber treinamento sobre como cuidar da pessoa com Alzheimer. Também se faz necessário ter acompanhamento psicológico, ajuda de instituições públicas e/ou privadas, divisão e distribuição de tarefas e de responsabilidades relacionadas ao cuidar com outros familiares ou profissionais e, principalmente, reconhecimento do seu papel, pois muitas vezes o cuidador abre mão da sua vida para cuidar do idoso.

A doença de Alzheimer é o tipo mais comum de demência e ocasiona perdas irreparáveis na memória. Por ser uma doença neurodegenerativa, o Alzheimer acomete neurônios de diversas regiões cerebrais. Por isso, os indivíduos afetados não sofrem apenas com problemas de memória, mas também com outros distúrbios cognitivos que afetam a fala, a capacidade de concentração, de orientação espacial, de raciocínio e cálculo, além da perda da capacidade de adaptação a novas situações.

As pessoas com demências apresentam inicialmente problemas com sua memória recente e posteriormente na memória mais antiga. À medida que o tempo passa, necessitam de ajuda para desempenhar mesmo as tarefas básicas diárias, incluindo lavar-se, vestir-se e comer.

Na fase inicial, caracterizada por perdas de memória recente, esquecem coisas que acabaram de dizer ou fazer, mesmo que com freqüência possam lembrar com clareza de eventos que aconteceram há muitos anos. Elas podem apresentar dificuldade em encontrar as palavras, para aprender e reter informações novas e para realizar atividades comuns da vida diária. O idoso neste ciclo pode esquecer onde colocou objetos pessoais, datas, se perder em locais estranhos e posteriormente não reconhecer trajetos costumeiros.

Durante a fase intermediária ocorre o agravamento dos sintomas. O indivíduo fica incapaz de absorver novas informações, tem dificuldade para ler, escrever, além de apresentar movimentos e falas repetitivas e às vezes sem coerência. Pode apresentar também falhas de memória mais acentuadas e maior confusão, inquietação, dificuldade de reconhecer familiares e amigos, problemas com a linguagem, com o pensamento lógico, com a percepção e alterações nos relacionamentos sociais.

Na fase avançada geralmente o paciente torna-se um indivíduo com semblante apático, perde peso e apresenta total deterioração intelectual e motora. Neste estágio, o idoso apresenta dificuldade até de saber quem é; a linguagem e a comunicação são afetadas; há oscilações de humor com apatia e irritabilidade, agitação, dificuldade de deglutição, tônus muscular aumentado e podem ocorrer convulsões. Nem todos os pacientes apresentam esta seqüência de estágios e há uma grande variação na velocidade de progressão da enfermidade.

No decorrer da doença o idoso vai perdendo a capacidade de gerenciar a sua própria vida, portanto passa a ser essencial a presença de um cuidador. No início da doença o cuidador precisa apenas gerenciar tarefas simples, mas com o avanço do Alzheimer a necessidade da presença constante de um cuidador torna-se inevitável.

Talita Cristina da Silva Oliveira
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O Envelhecer - Da Percepção a Sensação


Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos próximos 20 anos, uma população idosa do Brasil PODERÁ Ultrapassar 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população total do Brasil. Esse aumento na expectativa de vida do brasileiro será algo muito impactante em muitos setores, como a educação, cultura, transporte público, saúde pública e privada turismo, previdência social, etc.

Apesar de o envelhecimento ser algo que acontece durante toda a nossa existência, uma palavra envelhecer ainda hoje é vista de forma pejorativa, uma vez que nossa sociedade ainda vincula adoecer com envelhecer, esmorecer, retroceder, estar perto da morte, dentre outras percepções negativas.

Precisamos urgentemente mudar esse estigma, pois imagine daqui a 20 anos, 13% da população se sentindo e funcionalidade sem / ou como um apêndice para uma sua família e sociedade.

O envelhecimento faz parte do ciclo vital e é essencial para o nosso desenvolvimento.

Em todas as fases da vida e temos perdas e ganhos com a terceira idade não é diferente. Perde-se tônus muscular, mas se ganha em sabedoria, perdemos uma jovialidade, mas aprendemos a ser pacientes e protagonistas da nossa própria história.

Vale eeforçar que muitos idosos hoje em dia exercerem atividades tais como a de tomar conta de casa, dos netos, além de prover o sustento do grupo familiar. Apesar de não rendosas, essas tarefas possuem valor econômico para uma sociedade e categorizações o idoso como um sujeito seja funcional, ou, contribuindo efetivamente para uma coletividade.

Com passar dos anos, uma sociedade se encarregou de adotar vários tipos de NOMENCLATURAS para definir os idosos, tais como: "Jovens da Terceira Idade", "melhor idade", dentre outras, assim como criar novas formas de socialização oferecida aos idosos: Universidade da Terceira Idade, Clubes da Nova Idade, enfim, aumentando a gama de opções para que essa faixa-etária e interaja continuar ativa e integrada socialmente.

Percebo também uma atuação da mídia, tirando o rótulo que antes tinha ajudado um colocar nos idosos. Um exemplo recente foi à criação de uma minissérie que como protagonistas principais possuem idade igual ou superior a 50 anos e que não lembravam nem de longe como características colocamos que no início deste artigo.

É claro que não devemos modelo substituir um pelo outro e, sim criar o nosso próprio.

Utilizando nossas características, conhecimentos, habilidades, beleza e principalmente a sabedoria ea jovialidade de ser idoso.

Quem foi que disse que não se pode envelhecer com um sorriso de dever cumprido e com uma jovialidade de querer aprender mais, podendo multiplicar para os outros tudo o que se sabe.

Como diria Saint Exupéry: "Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."

Solange Alves de Oliveira Silva
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A AIDS em Pessoas Idosas


O vírus da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas.

Após o contágio, a doença pode demorar até dez anos para se manifestar. Por isto, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter AIDS.

Diversas faixas etárias são atingidas pela doença, sendo observada ao longo da epidemia do vírus HIV, considerável elevação da incidência de pacientes com mais de 50 anos, tanto homens como mulheres.

Em nosso país este grupo etário, já é rejeitado, independente de se ter ou não saúde, esta exclusão aumenta se considerarmos um idoso doente.

Infelizmente a AIDS ainda é uma doença incurável e que ameaça a vida, mas o acompanhamento médico e outras formas de tratamentos com anti-retrovirais (ARVs), popularmente conhecido como “coquetéis”, conseguem inibir a proliferação do HIV no sangue e evitar o enfraquecimento do sistema imunológico, ação importante para aumentar o tempo de vida das pessoas contaminadas.

As principais dificuldades encontradas para tratar estes pacientes são: falta de apoio e abandono dos familiares, discriminação da sociedade e desconhecimento ou resistência à adesão do tratamento, podendo resultar no afastamento do meio social e até mesmo familiar; postura que muitas vezes é adotada e escolhida pelo próprio paciente, que busca se resguardar frente a estas adversidades.

Os idosos que se deparam com a doença tendem ao isolamento. Enquanto podem, escondem o diagnóstico da família, dos vizinhos e dos chefes. Ainda não estão articulados em grupos de auto-ajuda, nem dispõem de ambulatórios especializados em lidar com a complexa experiência de envelhecer com AIDS. Raramente têm com quem dividir inseguranças e abominam ser alvo de discriminação.

A dificuldade em aceitar esta condição pode estar ligada ao medo que as pessoas têm de contrair o HIV, gerando então o distanciamento do infectado, principalmente quando se trata de um idoso contaminado através de relação sexual, pois a concepção arraigada na sociedade é de uma população idosa assexuada, fator que contribui para manter desassistida esta parcela da população.

Vale ressaltar, o quanto tem crescido a longevidade sexual da população idosa, a responsabilidade por isto se deve em parte, à difusão dos remédios para disfunção erétil que melhoram o desempenho sexual, aumentam a qualidade e a freqüência das relações. No entanto, as drogas contra impotência não podem ser diretamente responsabilizadas pelo avanço da epidemia na maturidade. O problema é que a mensagem do sexo sem limitações não vem acompanhada de educação para o uso da camisinha. Refletir sobre a desproteção e os obstáculos quanto ao uso da camisinha, nos faz pensar no futuro e conseqüentemente na elevação das estatísticas de HIV/AIDS.

Os homens tendem a não utilizar o preservativo porque temem perder a ereção e ainda acham que o cuidado só é necessário nas relações com prostitutas. É importante lembrar que o preservativo, para este grupo etário, por se tratar de artefato pouco utilizado ao longo de suas vidas e acaba por configurar dificuldade técnica na sua utilização.

É preciso quebrar os tabus culturais para gerar mudanças e conscientizar os idosos da importância da prevenção, pois a falta de informação contribui para esse número ser crescente, portanto, a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) precisa ser intensificada.

Normalmente os mais velhos sabem muito menos sobre o HIV/AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis do que os grupos etários mais jovens, porque os idosos têm sido negligenciados pelos responsáveis pela educação e prevenção, em relação a elaboração de mensagens educativas a respeito desta doença.

Não é fácil mudar as concepções das pessoas idosas, principalmente no tocante as suas crenças e suas atitudes. Contudo é possível mudar este quadro, através de políticas públicas de saúde claras e eficientes, que compreendam a magnitude e a transcendência do problema e que direcionem a prevenção em relação à contaminação pelo HIV/AIDS, especialmente aos idosos, enfatizando a vivência saudável e plena da sexualidade na terceira idade, eliminando mitos e preconceitos.

Os pacientes soropositivos, não devem apenas receber a medicação, mas devem ser tratados por uma equipe multidisciplinar, inclusive com suporte psicológico e social. Devem merecer atendimento digno, respeitoso e acolhedor, garantindo dessa forma, o cumprimento de seus direitos humanos constitucionais de cidadãos e acima de tudo de seres humanos.

A proposta para diminuir o número de infectados é incluir os idosos entre os grupos que precisam de atenção especial quanto à prevenção – juntamente com homossexuais, prostitutas, dependentes de drogas injetáveis e jovens heterossexuais que estão iniciando a vida sexual.

Ações como campanhas publicitárias, palestras, dinâmicas interativas para conhecimento do corpo, esclarecimento de dúvidas sobre sexualidade, além da distribuição de folhetos explicativos, cartilhas, cartazes e preservativos, ensinando lhes a maneira correta de colocá-los, são sugestões para atingir este grupo. Vale ressaltar a importância de uma linguagem diferenciada, para conseguir atingir uma população que não está acostumada ao uso do preservativo e se sente imune aos riscos da contaminação.

Talita Cristina da Silva Oliveira
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