quinta-feira, 10 de março de 2011

Internet – um dos caminhos para a pedofilia


A internet é um canal de comunicação que facilita o acesso à informação. Nos últimos anos cresceu significativamente o número de pessoas que utilizam da conexão virtual para conversar, interagir e/ ou se atualizar dos acontecimentos mundiais.
Neste cenário estão englobadas as crianças, que na maioria das vezes não são monitoradas, nem orientadas e têm possibilidade de acessar sites inadequados para sua faixa etária, entre eles: sala de bate papo, MSN, chat, blog, fotolog, e-mail, orkut, twitter, facebook, etc.
A facilidade em teclar com um desconhecido gera risco e coloca essas crianças em situações vulneráveis e ameaçadoras, já que um dos caminhos utilizados para a prática da pedofilia atualmente é o meio virtual.
Hoje a internet age como facilitador no contato de pedófilos com suas vítimas, por poderem assumir qualquer personalidade e usar uma linguagem que cativa as crianças e pré-adolescentes.
Para se aproximarem geralmente utilizam fakes (perfis falsos), roubo de senhas e chantagem emocional ou financeira.
A pedofilia é definida como uma doença, uma desordem mental, caracterizada pelo desvio sexual de adultos ou adolescentes que sentem atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos.
O simples desejo sexual, por pessoas com idade inferior a 14 anos, independente da realização do ato sexual, já classifica a pedofilia e é considerado crime na legislação de inúmeros países.
Os pedófilos também poderão desrespeitar as crianças através do estupro, atentado de violência ao pudor e ou via pornografia infantil.
Alguns concretizarão o ato sexual, outros poderão permanecer na masturbação, ou ainda na produção, publicação e comercialização de imagens (fotografadas ou filmadas) com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças com adultos e até com animais.
Atualmente a pedofilia na internet proporciona uma alta renda financeira em todo o mundo. Pedófilos de muitos países encontram, na rede mundial de computadores, um campo fértil e praticamente impune para atuar, seja para satisfazer seus fetiches, ou para seduzir suas vítimas, principalmente nas salas de bate-papo virtual. Isso significa que crianças conectadas a um chat, por exemplo, estão vulneráveis a um aliciamento capaz de gerar graves conseqüências físicas e ou traumas psicológicos.
Familiares e educadores de uma forma geral precisam estar preparados para identificar as diferentes formas de atuação do pedófilo. As crianças e adolescentes devem ser orientadas e acompanhadas para que não sejam atraídas por pedófilos na rede de computadores.
Ao ser utilizada a internet em casa é importante que os pais fiquem atentos ao período que a criança permanece no computador, os sites visitados e se possível instalar dispositivos de bloqueio e controle de determinados sites.
As crianças precisam ser instruídas a não transmitirem dados pessoais, como idade, endereço, telefone e características pessoais, assim como não enviar fotos a desconhecidos, e solicitar ajuda de um adulto caso perceba que as mensagens recebidas são insinuantes.
A escola também pode colaborar reforçando as informações que as crianças obtiveram no lar. Assim como campanhas de esclarecimento em mídias diversas também poderão contribuir para evitar que crianças sejam abusadas sexualmente e ou psicologicamente.
Outra sugestão para minimizar estas ocorrências é que todas as lan houses (estabelecimentos comerciais com finalidade de sublocar o computador durante o período desejado pelo cliente) mantenham o cadastro dos clientes atualizados, com nome completo, RG e CPF, horário que foi utilizado o computador, pois muitos pedófilos optam por utilizar computadores que são compartilhados por muitas pessoas diariamente assim dificultando sua identificação através do IP (endereço numérico que funciona como a impressão digital de um computador) que registra todos os acessos realizados naquela máquina.
Explicar para as crianças os perigos da pedofilia na internet, o quanto o meio de comunicação é benéfico, mas se utilizado sem malícia, o quanto pode ser arriscado e irreal as informações e promessas transmitidas pela outra pessoa. É fundamental orientá-los para não se encontrarem com pessoas que conheceram pela internet, mesmo que esta não pareça perversa.
O diálogo e a supervisão são imprescindíveis, mais do que qualquer programa ou filtro de conteúdo, a conversa sincera entre pais e filhos, professores e alunos, ainda é a melhor alternativa para combater os riscos da pedofilia.

Talita Cristina da Silva Oliveira
talita@clinicaequillybryo.com.br
www.clinicaequillybryo.com.br
(11) 2771-8729 / 8093-7362
Psicóloga - CRP: 06/95345

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